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28º Seminário Capef: Superintendente Geral da Abrapp enfoca o novo modelo de negócios para manter a competitividade das EFPC

2 de dezembro de 2021

28º Seminário Capef: Superintendente Geral da Abrapp enfoca o novo modelo de negócios para manter a competitividade das EFPC

1/12/2021

28º Seminário Capef: Superintendente Geral da Abrapp enfoca o novo modelo de negócios para manter a competitividade das EFPC

2 de dezembro de 2021
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28º Seminário Capef: Superintendente Geral da Abrapp enfoca o novo modelo de negócios para manter a competitividade das EFPC

1/12/2021

O Superintendente Geral da Abrapp, Devanir Silva, realizou apresentação no segundo dia do 28º Seminário de Investimentos da Capef, nesta sexta-feira, 26 de novembro, enfocando o tema de “Como manter a competitividade das EFPC na nova economia digital”. No primeiro dia do evento, aconteceram diversas palestras de economistas e gestores, com destaque para a apresentação de Luís Ricardo Martins, Diretor Presidente da Abrapp, do ex-Secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida Júnior, e de Luiz Esteves, Economista do BNB.

Devanir Silva iniciou sua participação no seminário parabenizando as iniciativas da Capef e preparação para o lançamento de um novo plano voltado aos familiares de participantes e a obtenção do Selo de Governança Corporativa do sistema Abrapp. Ele disse que essas iniciativas, além dos esforços para a inovação tecnológica, tornam a Capef em uma das principais referências positivas para o sistema de Previdência Complementar Fechada.

O Superintendente Geral falou sobre a atual crise provocada pelo advento da pandemia de Covid-19 e a forte resiliência demonstrada pelas entidades fechadas e isso foi possível graças ao alto nível de governança do sistema. Os déficits momentâneos que foram registrados no início da pandemia, logo foram revertidos nos meses posteriores, com a completa reversão no final do ano passado. Ele ressaltou a vantagem de se contar com um horizonte de longo prazo nos investimentos, como um importante fator de solidez.

“Ninguém precisou vender ativos a preços depreciados. O alto nível de liquidez sempre manteve uma posição confortável para honrar os compromissos”, comentou. Além de não perder com a venda depreciada de ativos, muitas entidades aproveitaram as oportunidades de mercado para novas alocações com boas perspectivas de retorno.

Devanir citou o planejamento estratégico da Abrapp (2020-2022) que foi elaborado com base em seis eixos, mas desta vez, concentrou o foco no eixo tecnológico. Falou sobre as ameaças que afetam o sistema na questão da inovação tecnológica, como por exemplo, a grande concentração de fornecedores em poucas empresas, a agilidade dos concorrentes, em especial, das plataformas eletrônicas, a exclusão digital de parte do público das EFPC, os riscos de fraudes e a falta de flexibilidade do PGA – Plano de Gestão Administrativa.

Por outro lado, também foram citadas as oportunidades, como a janela aberta pelas entidades para novos mercados, a relação com os jovens digitais e o maior relacionamento com os participantes. No quesito das forças do sistema, Devanir elencou a alta rentabilidade dos ativos, a credibilidade e a boa governança dos planos e entidades, citando mais uma vez a Capef como um dos exemplos positivos.

Apesar da força do legado da Previdência Complementar Fechada, o Superintendente Geral da Abrapp destacou que não se pode ficar preso ao passado. “O que nos trouxe até aqui não nos levará adiante”, disse. Ele apresentou uma análise do cenário atual e das mudanças aceleradas dos últimos anos e as perspectivas de maior aceleração no futuro próximo para concluir que é preciso estar preparado para enfrentar a disrupção.

E citou os riscos do que se denomina “Mundo Bani”, que é marcado pelos aspectos de fragilidade, ansiedade, não-linearidade e complexidade. “Outro dia alguém deu um comando errado e o Whatsapp ficou fora do ar no mundo inteiro”, deu como exemplo de vulnerabilidade do cenário atual. Devanir alertou para o estabelecimento de regras excessivas que são criadas com o objetivo de controlar os riscos, mas que acabam gerando problemas excessivos, que podem levar ao engessamento e ao isolamento dos sistemas.

Outro ponto abordado é o tempo de vida das empresas, que diminuiu sensivelmente nas últimas décadas. A vida média das companhias listadas no S&P 500 caiu de 67 anos na média, para 15 anos na atualidade. Muitas empresas tradicionais foram desaparecendo para dar lugar para empresas com base tecnológica.

Sementes – Diante do cenário de instabilidade e mudanças aceleradas, Devanir destacou alguns pontos positivos, classificados como “sementes”, que são pontos positivos de adaptação do sistema de EFPC ao momento atual. Um dos exemplos, é o senso de comunidade, presente em nosso sistema, e que o advento da pandemia veio a fortalecer. Outro ponto que conta a favor das EFPC é a ausência da finalidade lucrativa e o sentido de fortalecimento de critérios de governança e aspectos socioambientais (ASG).

“O fato de não contarmos com finalidade lucrativa é um dos nossos grandes motores na construção de um movimento de capitalismo consciente”, disse. Ele citou esse aspecto como uma importante vantagem competitiva em relação a outras instituições financeiras que visam o lucro.

Modelo Canvas – Com a utilização de um modelo “canvas”, Devanir contrapôs a visão tradicional do setor, baseado na relação entre as EFPCs e patrocinadores, com o contrato de emprego fixo de longo prazo, com o cenário atual permeado de mudanças aceleradas no mercado de trabalho. Ele falou sobre os novos modelos em que os jovens já saem das universidades como “PJ deles mesmos”. Abordou o fenômeno do envelhecimento da população, com o forte aumento da longevidade.

Ao mesmo tempo que falava sobre o esgotamento do modelo tradicional, Devanir foi apresentando uma nova proposta de modelo de negócio para a Previdência Complementar. Ele ressaltou, por exemplo, que o atendimento deve ser cada vez mais personalizado, pois os novos públicos formados pelos jovens querem participar e escolher a forma de poupar. Ele falou que é necessário contar com novas formas de relacionamento com os participantes. “Numa visão anterior, tínhamos uma central de atendimento, um site, e o mundo agora nos encaminha para plataformas, aplicativos, atendimento à distância”, disse. Tudo isso faz parte do que ele classifica como uma primeira onda de inovação do sistema.

Próxima onda? – Em seguida, o Superintendente Geral perguntou: e qual seria a próxima onda? Ele destacou algumas tendências para o modelo que está por vir com a proposta de um “Novo Design das EFPC – Operadora de planos para construção de patrimônio”. E destacou ainda a necessidade das entidades assumirem um novo papel, de aconselhadores financeiros com foco no ciclo de vida. Para isso, as lideranças de Diretores e Conselheiros devem ter atitude empreendedora e visão estratégica.

O contexto de fomento e retomada de crescimento do sistema de EFPC exige uma mudança no mindset dos dirigentes e profissionais, é necessário buscar um uso mais intensivo de tecnologia, ao mesmo tempo que se implanta um novo modelo de negócios mais voltado para as vendas e para o marketing digital. Ele ressaltou a importância de aproximar o uso da inteligência artificial para dinamizar o relacionamento com os participantes e novos públicos.

O papel dos gestores das EFPC também deve ser modificado, passando a ser aglutinadores, trazendo pessoas para os planos. Ele defende que os gestores devem ajudar a construir o patrimônio futuro dos participantes com o uso mais intensivo de tecnologia, nova atitude comercial, e uma nova cultura. Ele apresentou também o esforço realizado pela Abrapp e pela Conecta para a criação e oferecimento de novas soluções para o setor, com especial ênfase no Hupp – Hub de Previdência Privada – que conta atualmente com a participação de 17 startups e 11 entidades. Lembrou também da realização do primeiro Hackaton do sistema, que contou com a participação de 370 inscritos.

Devanir destacou a importância de superar o que chamou de Lei do SFA – Sempre Foi Assim, para dar lugar a uma nova atitude de liderança e transformação. “Se não formos nós mesmos, quem é que dará o próximo passo”. Ele concluiu recomendando a abertura das mentes para acompanhar o mundo em transformação acelerada, com o uso cada vez maior da tecnologia, mantendo sempre o foco no participante.

Matéria publicada pelo Blog da Abrapp em 26/11/2021

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