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Abrapp lança Guia de Boas Práticas para Investimentos em FIP pelas EFPC

13 de dezembro de 2021

Abrapp lança Guia de Boas Práticas para Investimentos em FIP pelas EFPC

13 de dezembro de 2021
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Abrapp lança Guia de Boas Práticas para Investimentos em FIP pelas EFPC

12/12/2021

A Abrapp lançou nesta quinta-feira (09) o Guia de Boas Práticas para Investimentos em FIP pelas EFPC, em webinar que ressaltou a importância da educação, da capacitação profissional e da governança de investimentos das entidades para a revitalização da classe. O Guia foi produzido por um grupo multidisciplinar de especialistas e dirigentes, com o acompanhamento da Previc, e é considerado um marco para a retomada da discussão sobre esse veículo dentre as alternativas de investimentos para as entidades.

¨Hoje é um dia marcante, um dia nobre. Sabemos tudo o que o sistema vivenciou quando falamos de FIP¨, destacou o Diretor-Presidente da Abrapp, em referência às divergências de entendimento sobre a estruturação e a demonização da classe, calcada em dois ou três casos excepcionais, já investigados.

Ele destacou que esse episódio foi superado e o sistema mostra sua profissionalização, com mais de 18 mil alunos que passaram pela UniAbrapp, quase 9 mil profissionais certificados pelo ICSS, o lançamento dos Códigos de Autorregulação em Governança de Investimentos e em Governança Corporativa – e um novo Código em construção, sobre Qualificação e Certificação profissional -, a criação de comitês de auditoria, e outras estruturas que visam ampliar a blindagem da governança e o compliance.

Do lado da solução – Luís Ricardo ressaltou que casos pontuais não podem contaminar o trabalho de excelência que é feito pelas entidades. Ele reforçou que em um cenário econômico cada vez mais desafiador e volátil, as EFPCs precisam diversificar seus investimentos para atingir as metas atuariais e, por meio dessa atividade-meio, financiar projetos de infraestrutura e outras iniciativas que contribuem para solucionar os problemas do país.

Nesse sentido, o Guia traz o melhor encaminhamento para as dores em relação a esse tema, com uma abordagem voltada especificamente para as entidades. ¨Esta é mais uma iniciativa que a Abrapp oferece para fomentar, trazer mais segurança jurídica e esclarecimento sobre o veículo¨, acrescentou o Diretor-Presidente. ¨Os riscos existem, é da essência da atividade de investimentos, mas com profissionais capacitados, monitoramento e blindagem da governança, estamos prontos para incrementar e ampliar esses investimentos estruturados¨.

Com prudência e sem medo – O Diretor Executivo da Abrapp responsável pela pasta de Investimentos, Sérgio Wilson Ferraz Fontes, reforçou a mensagem que intitulou o webinar, sobre a necessidade de se ter prudência e não medo ao se avaliar a oportunidade do FIP. ¨É uma classe que deveria ser tratada como qualquer outra de risco semelhante na análise de portfólio das entidades. É preciso avaliar a relação risco/retorno, via ALM ou outro instrumento, vis a vis o passivo atuarial, a adequação ao seu perfil e nível de tolerância ao risco, com análises técnicas, o que é um padrão de competência da nossa indústria, em todas as classes de ativos. Com prudência, e sem medo¨, destacou o Diretor.

Sérgio Wilson lembrou que as EFPCs e a necessidade de investimento em private equity no Brasil constituem um casamento perfeito. De um lado, se tem ¨um país a construir¨ com alta demanda por investimentos em áreas como infraestrutura, logística, energia, saúde e tecnologia. De outro, os maiores investidores com visão de longo prazo do país, representando 14% do PIB, ávidos por oportunidades que ofereçam boa rentabilidade, com risco e retorno adequados, para baterem suas metas atuariais.

O Diretor lembrou ainda que o percentual médio de investimentos em private equity nos países desenvolvidos corresponde a 20 vezes mais que o aplicado no Brasil. ¨Ou seja, temos muito a falar sobre FIPs e venture capital no país, e os fundos de pensão, como investidores de longo prazo, não podem mais ficar alheios a essa discussão. E é isso o que estamos propondo nessa caminhada, iniciada no webinar realizado em maio sobre revitalização dos FIPs e que culmina com o lançamento desse importante Guia¨, completou Sérgio Wilson. Ele registrou o agradecimento a todos os integrantes do GT Ad-Hoc que produziu a obra, compartilhando seus conhecimentos e as experiências vividas, boas e não tão boas, o que possibilita o aprendizado também com os erros.

Avanço virá com educação e conhecimento – Responsável por apresentar o Guia, a Coordenadora do GT Ad-Hoc Boas Práticas para Investimentos em FIPs da Abrapp, Arlete Nese, ofereceu uma ampla contextualização sobre a importância dessa classe de investimentos, que apresentou a terceira maior taxa anual de crescimento composta no Brasil nos últimos 10 anos (11,22%), ficando atrás somente dos fundos imobiliários (26,67%) e dos ETF (14,84%). ¨Esse terceiro lugar confirma a robustez, a importância desse veículo e a credibilidade de suas regras de funcionamento¨, notou Arlete. ¨Não estamos falando de um veículo pouco testado, mas que os investidores têm observado e aportado recursos, e quando falamos em investidores, não podemos esquecer da relevância das EFPCs ¨.

Ainda há muitas oportunidades para avançar nesse sentido, pois os investimentos em private equity representavam, até dezembro de 2020, apenas 0,9% do patrimônio líquido investido pelas entidades, que ainda se mostra concentrado em renda fixa (acima de 70%). Arlete reforçou que, nessa busca por diversificação, é importante que as entidades identifiquem e selecionem os melhores gestores, que apresentam resultados persistentes. Dados de performance global e no país, referentes a essa classe, apontam que os melhores gestores (primeiro quartil) mantiveram bom desempenho mesmo durante a pandemia, com entrega de retornos (TIR) de 20% ao ano.

Contribuição para as entidades – Nesse sentido, e entendendo que o sistema já possui normas robustas e específicas sobre o tema, o objetivo do Guia de Boas Práticas para Investimentos em FIP pelas EFPC é oferecer recomendações para avaliação do ativo sob a ótica dos dirigentes das entidades, que conhecem as próprias dores, com colaboração da fiscalização (Previc) e de especialistas de investimentos e da área jurídica. ¨Isso tudo é um presente para vocês para trazer mais segurança e melhores condições na busca pela rentabilidade necessária dos planos¨, destacou a Coordenadora do GT.

O Guia contribui em cinco aspectos principais: a manutenção da conformidade legal específica das EFPCs ao considerar o FIP antes e após tomar a decisão pelo ativo; a avaliação das razões para a diversificação de ativos nas carteiras dos planos por meio do ativo FIP; a compreensão da forma de acesso adequada ao veículo em função da estrutura da EFPC; o desenvolvimento de processos robustos antes (seleção) e após o investimento (monitoramento e controle); e desmistificar o ativo para a melhor tomada de decisão ao considerá-lo em seu processo de investimento ou desinvestimento.

A obra inova ainda ao incluir o processo de análise detalhada para a saída do FIP no mercado secundário, ou seja, antes do desinvestimento pela gestora do fundo, como as motivações da EFPC, a busca por compradores e a avaliação da cota.

Questionada no debate sobre como levar o tema de investimentos em FIPs para os Conselhos das entidades, Arlete ressaltou a importância da educação para desmistificar esse veículo de investimentos. ¨O avanço virá através do processo de conhecimento e de educação do nosso público. Temos um esforço grande da UniAbrapp contribuindo para isso, o próprio Selo de Autorregulação em Governança de Investimentos, a certificação profissional pelo ICSS… São iniciativas que contribuem para a a maior capacitação dos nossos dirigentes e conselheiros no entendimento sobre essa classe de ativos, e o nosso Guia vem para colaborar com esse processo¨, ressaltou Arlete.

Clique aqui para baixar o Guia de Boas Práticas para Investimentos em FIP pelas EFPC.

Matéria publicada pelo Blog da Abrapp em 10/12/2021

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