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Como a saúde financeira afeta sua vida no trabalho

4 de junho de 2021

Como a saúde financeira afeta sua vida no trabalho

4 de junho de 2021
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Como a saúde financeira afeta sua vida no trabalho

3/6/2021

Quem foi jovem nos anos 90 e 2000 viveu intensamente a ascensão e popularização dos jogos de RPG.

A sigla significa "Role Playing Game". Trata-se de uma brincadeira nas quais as pessoas interpretam personagens em situações que a jogatina desenrola. Seja no papel, com a força da imaginação, ou nos consoles de games famosos, a ideia é sair um pouco da sua vida e encarnar em um novo corpo, com novas habilidades, características em um mundo totalmente diferente do seu.

O estilo tem adeptos até hoje e mesmo a turma old school continua jogando sempre que dá. Afinal, quem não queria sair um pouquinho da sua vida e viver momentos emocionantes sem precisar lidar verdadeiramente com os riscos potenciais de tal atitude, não é?

Vamos, agora, fazer um pequeno exercício envolvendo a premissa do RPG. Imagine-se vivendo outra vida. Outro nome. Outro corpo. Outro trabalho.

Você levanta para ir trabalhar no calor de Fortaleza. Mesmo dentro de casa, está bem quente, pois no meio da noite o ar-condicionado quebrou. Ok, nota mental para mandar pro conserto depois. Logo em seguida, olha o saldo do banco e vê que é melhor utilizar o ventilador. Tudo bem, respira fundo, conta até cinco.

Toma um banho, escolhe a roupa para ir trabalhar, calça os sapatos e vai tomar café. É dia de reunião importante e você escolheu uma roupa para impressionar. Com a mão ocupada passando o feed do Instagram, toma um gole de café sem perceber que estava quente demais. Uma trapalhada só: xícara quebrada no chão, roupa manchada, língua queimada e celular trincado com a queda. Já não há outra roupa nova para usar. Tudo bem, respira fundo, conta até 10.

Troca de roupa, come qualquer coisa e entra no carro. Dá a partida. O carro morre. Dá a partida de novo. O veículo resolve não funcionar mesmo. Bateria acabou - o som ficou ligado a noite inteira. Conserto? Logo vem à imagem da conta sem grana. É, melhor ir de Uber. Tudo bem, respira fundo, conta até 15.

Celular rachado ligado, pedir Uber, confirmar. Ops... "cartão recusado". O jeito é pegar o ônibus, logo no dia mais importante da semana. Demora, calor, gente suada, seu look já se desmontou, seu cabelo já se desmanchou e sua paciência já foi por água abaixo. Tudo bem, respira fundo, conta até 20.

Ao chegar ao trabalho (com 1h de atraso) e passar pela porta, o frescor da temperatura regulada bate no seu rosto. Um sopro de alegria. Pelo visto, a única alegria que você terá no dia. Não há mais números suficientes para contar que regulem o seu humor. A paciência acabou.

Ok, podemos parar por aqui.

É preciso dizer algo mais?

Se você tivesse dormido bem, refrigerado, teria acordado bem mais disposto.

Se houvesse outra roupa boa no closet, poderia ter se trocado e continuado com a confiança lá em cima.

Se pudesse trocar a bateria, teria chegado impecável ao trabalho.

E, mesmo que o carro não tivesse jeito, iria de Uber. Chegaria na hora.

Diante de um início de dia tão turbulento, tem como trabalhar e render do mesmo jeito? Claro que não. Essa história de "deixe seus problemas do lado de fora da empresa" é muito século passado. As pessoas são únicas. Tudo o que acontece em suas vidas reflete em todas as áreas. São poucos os que conseguem separar perfeitamente seus papéis sociais - na verdade, são uma raridade. Provavelmente você se afeta. E tudo bem, respira fundo e segue.

A questão é: com uma reserva financeira ou pelo menos um dinheirinho sobrando, a vida fica mais fácil. Viver à beira do colapso - apesar de ser a realidade de muitos - afeta totalmente a sua produtividade, o seu humor e a sua paciência. É um ciclo sem fim: sem dinheiro, não produz, continua sem dinheiro, continua sem produzir.


Em 2019, a PwC, previamente chamada de PricewaterhouseCoopers, com sede em Nova York e Londres, lançou uma pesquisa que associa a saúde financeira das pessoas à produtividade, entre outros assuntos. Os resultados podem impressionar as mentes mais céticas.

  • Quando questionados sobre qual seria a maior fonte de estresse nas suas vidas, 59% das pessoas responderam que é a vida financeira (contra 15% do trabalho em si, 12% de relacionamentos e 10% de saúde).
  • Quando perguntados sobre a aposentadoria, a maior preocupação (51%) é ficar sem dinheiro, passando até mesmo dos custos com plano de saúde ou problemas de saúde.
  • Quando indagados sobre a maior fonte de preocupação financeira, a maioria das pessoas respondeu que é não ter uma reserva de emergência para despesas inesperadas, seguida de perto por não ser possível se aposentar quando quiser.
  • Alarmante: 45% das pessoas têm menos de mil dólares guardados para emergências. Imagina quanto isso seria em real? Preocupação na certa!

Confira a pesquisa na íntegra: https://www.pwc.com/us/en/private-company-services/publications/assets/pwc-2019-employee-wellness-survey.pdf

Qual é o resumo da história?

Ter uma reserva financeira de emergência, manter alguns investimentos ou simplesmente ter um dinheirinho guardado podem te tirar de sufocos. Quem não tem nada e vive na corda bamba, acaba se preocupando mais com percalços do dia a dia e isso afeta todas as áreas da vida.

Organize-se. O seu futuro precisa de você, mas o seu presente requer atenção.

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