Desafios da marcação a mercado são tema de artigo de Sérgio Clark na Investidor Institucional
19/11/2024
O Diretor de Administração e Investimentos da Capef, Sérgio Clark, trouxe uma análise importante na edição 371 da Revista Investidor Institucional (Outubro/2024), uma das mais renomadas publicações do setor financeiro.
Em seu artigo, “Passivo a Mercado Gera Distorções”, publicado na página 5, Clark explora as complexidades e os efeitos da marcação a mercado nos planos de previdência complementar, destacando as implicações dessa prática para a estabilidade das reservas dos participantes.
Com uma visão crítica e esclarecedora, o diretor aponta que, embora a marcação a mercado seja defendida pela transparência, ela acarreta desafios significativos, especialmente em momentos de instabilidade econômica.
“Mesmo sem vendas, os preços dos títulos podem variar drasticamente devido a fatores econômicos e políticos, impactando as reservas dos participantes. Durante períodos de crise ou instabilidade, essa volatilidade pode minar a confiança dos segurados, levando a um ciclo vicioso de aversão ao risco e retiradas de investimentos. O resultado é uma pressão crescente sobre os planos de previdência, prejudicando sua estabilidade e crescimento.”, observa Clark.
Ele também expressa preocupação com a recente proposta de aplicar a marcação a mercado no passivo dos planos, o que, segundo ele, traria ainda mais volatilidade e confusão.
“Ajustar as obrigações futuras de pagamento conforme as flutuações de mercado distorceria os indicadores de saúde financeira dos planos e aumentaria a pressão sobre os gestores, que teriam que justificar as variações nas obrigações, consequentemente, gerando confusão e insegurança nos atuais participantes, desestimulando novos participantes, podendo inclusive resultar em resgates em massa naqueles momentos críticos”, alerta.
O artigo ainda sugere alternativas para uma gestão mais equilibrada entre ativos e passivos, visando preservar a estabilidade dos planos e proteger os interesses dos participantes a longo prazo.
“É urgente revisar a CNPC nº 37, permitindo a marcação na curva de títulos públicos de longo prazo e, até mesmo, de títulos privados de mercados regulados como debêntures de infraestrutura e Letras Financeiras seniores, desde que com vencimentos adequados, para promover um melhor alinhamento entre ativos e passivos.”, completa Clark.
Quer entender melhor o assunto?
Confira o artigo completo na Revista Investidor Institucional clicando aqui.
E para aprofundar o entendimento sobre marcação a mercado, assista abaixo dois vídeos explicativos do nosso Gerente de Investimentos, Marcelo Dagostino, e do nosso Diretor de Previdência, Henrique Tinoco, que detalha o conceito de forma acessível e esclarecedora.