Os 5 pilares da Longevidade Financeira que você deve conhecer
19/9/2022
Viver mais requer um planejamento financeiro adequado. Afinal de contas, quanto mais longevos formos, mais precisaremos de equilíbrio nas contas para que os anos a mais em nossa história sejam melhor aproveitados. Já imaginou chegar até os 100 anos, por exemplo, mas não ter condições financeiras de viver de forma saudável? Pensar dessa forma é pensar em Longevidade Financeira. E quais os pilares da Longevidade Financeira?
No Instituto de Longevidade acreditamos em cinco. Eles sustentam as bases necessárias para que alguém possa envelhecer não apenas com qualidade de vida, mas com finanças saudáveis. Muitas vezes, uma coisa depende da outra inclusive.
A seguir, apresentamos os pilares da Longevidade Financeira aos quais é preciso estar atento ao longo dos anos:
- Poupar certo;
- Gastar bem;
- Ganhar mais;
- Investir melhor;
- Proteger capital.
Entenda melhor cada um.
Poupar certo é um dos 5 pilares da Longevidade Financeira
Poupar certo é um pilar essencial, pois quem não consegue poupar também não consegue se planejar financeiramente para realizar sonhos, garantir a aposentadoria ou, ainda, fica à mercê de empréstimos e juros altos caso um imprevisto aconteça.
Existem alguns pontos iniciais importantes relacionados ao ato de poupar. O primeiro é a criação do hábito. Quando se está começando, mais importante do que a quantia poupada é a frequência com que se poupa. E o segundo, uma vez que o hábito esteja criado, é estabelecer metas para o dinheiro e, consequentemente, quantias para atingir essas metas.
Para poupar certo é preciso, inicialmente, conhecer bem as receitas e despesas. Apenas dessa forma é possível entender onde dá para cortar ou substituir custos para que sobre dinheiro para poupar. E, caso note que os rendimentos não são suficientes para pagar as contas e poupar (mesmo enxugando gastos), é preciso pensar em maneiras de ganhar mais.
Viva um padrão abaixo do que poderia
Os educadores financeiros concordam que em muitas situações, para que o dinheiro sobre, é preciso adotar uma equação simples: viver um padrão abaixo do que se poderia viver. Ou seja, se você ganha R$ 10 mil, viva como se ganhasse R$ 8 mil. Se ganha R$ 8 mil, viva como se ganhasse R$ 6 mil. Dessa forma, se torna mais fácil fazer com que o dinheiro sobre.
Consumir de forma consciente também ajuda a poupar, desde que se tenha objetivos claros para o dinheiro. Outra dica é poupar assim que o dinheiro entra na conta, quase como um “pagar-se a si mesmo”. Se você esperar sobrar, acredite, não sobrará!
Gastar bem
Como dissemos, consumir de forma consciente também ajuda a poupar. Essa ação faz parte do pilar “Gastar bem”, que é outro dos pontos centrais relacionados à Longevidade Financeira.
A educadora financeira Mariliane Chaves Caramão explica que muitas pessoas não acreditam que gastar um pouquinho a mais vai mudar a situação financeira. E ela concorda que, de fato, não vai mesmo, mas a questão é realizar pequenos gastos o tempo todo sem que se tenha consciência desses gastos. “Durante um ano são 365 vezes. Pense que pequenas atitudes repetidas por muito tempo fazem a diferença.”, diz.
Segundo Mariliane, viver no limite da renda, utilizando crédito para adiantar o consumo, implica pagar juros e reduzir o consumo futuro. Ao contrário, viver num patamar inferior ao da renda, aguardando pelo momento certo do consumo, permite poupar e investir gerando juros para desfrutar no futuro.
Para gastar bem, além de conhecer os próprios hábitos relacionados ao consumo, é necessário ter objetivos para o dinheiro. “Ter objetivos é dar forma e limites ao dinheiro. Para a imensa maioria da população, o dinheiro não vai sobrar e ficar esperando isso é um erro. Vai ficar mais fácil quando você souber para onde seus esforços estão sendo direcionados.”, explica Mariliane.
Ganhar mais é outro pilar importante
Mas e se você conhece bem suas receitas e despesas, já enxugou todos os gastos desnecessários e, mesmo assim, não há dinheiro suficiente para poupar? Nesse caso, como explicamos anteriormente, é preciso aumentar as receitas. Ou seja, ganhar mais. E é preciso um planejamento para entender como isso pode ser feito.
Quem é assalariado, por exemplo, deve avaliar se investir na própria formação poderia render um aumento de salário ou uma vaga melhor. Será que dá para enriquecer o currículo e conseguir ganhar mais seja onde estiver ou em um novo lugar.
Pensar em trabalhos freelancer também pode ajudar a ganhar renda extra. O que você sabe fazer e pode oferecer para as pessoas? Um bolo? Um artesanato? Um trabalho de tradução? Um serviço de dog walker? Há muitas possibilidades e as redes sociais e aplicativos de conversa instantânea ajudam na divulgação.
Outra sugestão para quem precisa ganhar mais é vasculhar em casa coisas que poderia por à venda. Há muitos sites de compra e venda de usados por aí e certamente vai dar para fazer dinheiro com algo que você não usa mais, sejam livros, roupas, eletrônicos ou qualquer outra coisa.
O importante é entender que, se o dinheiro não está sendo suficiente mesmo com todos os esforços de diminuição de consumo, é hora de ser criativo e aumentar a receita.
Investir melhor é essencial para manter o poder de renda
Os investimentos são um pilar importante para a conquista da Longevidade Financeira. Isso porque depois que se consegue enxugar gastos, gastar de forma consciente, ir atrás de renda extra e poupar é preciso fazer com que o dinheiro cresça. Isso acontece quando se soma a variável tempo mais juros compostos.
“Os juros compostos podem atuar do jeito que você achar melhor: contra ou a favor. Se estou pegando empréstimo, essa força está trabalhando contra mim, mas se estou investindo, ela trabalha ao meu favor.”, explica o educador financeiro Thiago Martello.
Para investir bem é preciso conhecer o perfil de investidor, os objetivos para uso do dinheiro e os produtos adequados à disposição do mercado. Há opções de curto, médio e longo prazo, com ou sem liquidez e com taxas diversas. Vale buscar ajuda especializada para montar uma carteira adequada de investimentos se você tiver dúvidas.
Você pode investir com algumas finalidades diferentes dentro de um planejamento financeiro, desde a formação de uma reserva de emergência até a realização de um sonho ou a formação de um patrimônio para a aposentadoria.
Proteger capital
Finalmente, vamos ao último pilar da Longevidade Financeira: proteger o capital. Se você conseguiu poupar e investir ao longo dos anos, também deveria se preocupar em preservar os bens que adquiriu. E mais do que isso, diminuir os riscos no caso de não poder continuar trabalhando ou, ainda, deixar um valor adequado para as pessoas que ama em uma eventual sucessão patrimonial.
Neste caso, um bom seguro pode fazer toda a diferença. Você pode começar fazendo um seguro de vida, que é essencial para qualquer pessoa. Um seguro de vida é uma das únicas coisas que é repassada aos herdeiros automaticamente, sem precisar aguardar um inventário.
“Hoje, somando-se impostos e advogado, se uma pessoa tiver um patrimônio de R$ 1 milhão, a esposa e os filhos precisarão de cerca de 20% deste valor para conseguir ter acesso a ele. Ou seja, cerca de R$ 200 mil.”, explica Marcos Veríssimo, superintendente comercial da MAG na Sucursal Niterói.
Além disso, é possível contratar um seguro que também cubra doenças graves, como câncer, paralisia e AVC; ou, ainda, para cobrir invalidez temporária ou permanente.
De acordo com Veríssimo, independente de se ter ou não filhos, é importante contar com um seguro de vida. “Quando falamos em Longevidade Financeira, falamos da capacidade de se contar com renda suficiente para envelhecer com equilíbrio financeiro, independente dos percalços.”
Matéria publicada pelo Instituto de Longevidade MAG em 19/09/2022