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ENTREVISTA: Diretor de Investimentos fala sobre Investimentos no Exterior

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ENTREVISTA: Diretor de Investimentos fala sobre Investimentos no Exterior

3/1/2018

O cenário de constante queda da Taxa de Juros vivenciado pelo Brasil vem reforçando a necessidade de gestores de investimentos buscarem alternativas de aplicações mais rentáveis do que a Renda Fixa.

Seguindo essa tendência, em setembro, a Capef, por meio do Plano CV I, passou a aplicar uma parcela dos seus recursos em Investimentos no Exterior.

Além disso, a maior novidade da Política de Investimentos para 2018 sugerida no 24º Seminário de Investimentos e Benefícios foi a inclusão da possibilidade de se aplicar até 2% dos recursos do Plano BD nessa modalidade.

A fim de dar mais detalhes sobre essa nova modalidade de investimentos dos planos da Capef, apresentamos abaixo uma entrevista com o diretor de Administração e Investimentos da Entidade, Marcos Miranda. Confira!

Por que a gestão de Investimentos da Capef adotou a estratégia de aplicar no exterior neste momento?

É fundamental entender onde se está investindo. A análise teve início ainda em 2016, com o foco em uma melhor relação risco e retorno para carteira de investimentos, baixa correlação entre os mercados, diversificação em setores de diferentes economias e a melhor relação Dólar/Real.

A tendência de manutenção de juros mais baixos aliada à busca por maior diversificação de riscos (macroeconômicos, de empresas e políticos) levou o Comitê de Investimentos a deliberar sobre a alocação no segmento de Investimentos no Exterior.


Quais as vantagens e riscos dessa modalidade de investimento?

Investimentos no exterior têm o seu atrativo em função da diversificação dos riscos e possibilidade de participação em outras oportunidades, em mercados mais maduros com maior estabilidade social, econômica e política.

Quando o investidor se limita somente em estratégias no mercado local, fica de fora de 97% da economia mundial, de 98% da renda fixa e de 99% das empresas do mundo.

Além disso, esse tipo de alocação ajuda a reduzir o risco de perdas em momento de aversão a risco.

De outra parte, há os riscos de exposição à variação das Bolsas internacionais, oscilações do câmbio e cenário econômico do país de origem dos ativos.

Qual a composição do segmento de Investimentos no Exterior do Plano CV I?

A alocação recente, cerca de 2,30% dos recursos do Plano CV I estão distribuídos em três fundos:

  • 25% em um fundo que investe em ações de empresas multinacionais sediadas na Europa. Em termos de ações, visualizamos o mercado na Europa mais atraente, sobretudo com a melhora do ambiente político. O gestor é a Rio Bravo.
  • 25% em outro com foco em Infraestrutura com investimento em termos globais, diversificado nos mercados da Ásia, América do Norte, América Latina, Europa e em companhias “pure-play” (empresas focadas em uma determinada linha de produtos ou nicho de mercado), nos setores (Energia, Rodovias, Comunicações, Água, Ferrovia, Aeroportos).  O gestor é o Deutsche Asset Management.
  • E por último, 50% em um fundo onde a composição da carteira é guiada por três temas: avaliação de crédito, alterações nas taxas de juros e volatilidade, sempre nos mercados globais de renda fixa, o que envolve também a seleção de moedas. O gestor é a Western Asset Management.

Até o momento, em três meses, tivemos um acumulado de 3,17% de rentabilidade. Já é possível fazer alguma avaliação de como esses ativos vêm se comportando?

A alocação que fizemos é muito recente, no final de setembro/17. Tem mostrado uma rentabilidade interessante e contribuído para atingimento da meta atuarial.

Mas, o mais importante é entender que a melhor avaliação dos investimentos no exterior, assim como investimentos em renda variável e estruturados, é no longo prazo, em especial frente ao benefício da diversificação e redução do risco do investimento local.

Existe alguma outra característica desse segmento que você gostaria de destacar para os Participantes?

Quando uma crise interna mais acentuada se apresenta, geralmente vem acompanhada de uma desvalorização do real e um aumento da volatilidade nos mercados. Vemos o investimento no exterior como uma proteção para fazer frente a uma adversidade mais extrema.

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