Datas comemorativas geralmente têm o poder de nos fazer refletir sobre diversas situações. O Dia da Poupança, comemorado no dia 31/10, desperta a urgência em economizar para o futuro e viver momentos mais tranquilos em relação à vida financeira.

Fazer sua poupança não significa economizar agora para gastar mais lá na frente. A prática tem mais a ver com educação financeira e deve ser vista como um processo contínuo ao longo da vida. Entender essa realidade vai te ajudar a perceber a necessidade de poupar, além de pensar em estratégias para fazer com que a prática funcione.

Fazer economias extremas em um primeiro momento, ficar sem dinheiro em momentos vindouros e acabar gastando em dobro por ter estabelecido metas inalcançáveis não é indicado.

É a partir disso que podemos pensar na poupança como algo necessário e aplicável na prática.

Algumas pessoas costumam pensar que, quando o salário é creditado, o primeiro passo é pagar todas as contas, adiantar outros pagamentos, se for possível, comemorar o período com o dinheiro e só depois pensar na reserva. Ou seja, o que resta é literalmente a sobra, quando nós sabemos, em muitos casos, que seria possível economizar um pouco mais para poupança e investimento.

Por isso, uma dica chave é fazer a organização das suas contas e, ao receber o dinheiro, já separar a parte que vai ser destinada para os planos futuros. Planejar essa distribuição e aplicá-la na prática ajuda a evitar gastos desnecessários.

Pense que no caso das contas, o dinheiro já é reservado para elas, não dá para ignorar ou deixar para depois. Quando falamos sobre poupança e investimento, a lógica também precisa ser a mesma, por se tratar de algo igualmente necessário para o nosso bem-estar.

Se as despesas são maiores que as receitas, é necessário repensar a sua base econômica. Entretanto, se o seu receio é o pensamento de que podem aparecer emergências no futuro e, para isso, poderia ser utilizado o dinheiro dedicado para poupança e investimento, fique atento a seguir.

No livro Pai Rico, Pai Pobre, de Robert Kiyosaki e Sharon L. Lechter, os autores falam de algo simples e que faz sentido: em momentos de necessidade, a nossa mente sempre é capaz de pensar em estratégias para resolver o problema. Por isso, o dinheiro da reserva, dedicado ao seu futuro, não deveria ser pensado como algo que pode ser resgatado a qualquer momento sem que haja um impacto a longo prazo.

Assim, uma dica prática é seguir uma sequência, levando em consideração o que citamos anteriormente: tenha em mente o dinheiro que você vai receber e separe a quantia proporcional para poupança de emergência e para o investimento futuro. Esses valores são importante e têm um propósito - a sua tranquilidade hoje a amanhã.

Com isso em mente, execute o próximo passo: a parte reservada para a poupança de emergência deve estar investida em uma opção com liquidez, de fácil acesso. Ainda assim, tente esquecê-la. Utilize somente para emergências MESMO, e não para fazer compras desnecessárias!

Já a quantia reservada para o objetivo de longo prazo deve ser investida em um local de mais difícil acesso, onde não seja possível resgatar a qualquer tempo. Se ele estiver ao seu alcance, as chances de cada centavo ser gasto são grandes. Ao mantê-lo distante, caso seja necessário em algum momento, sua mente vai pensar em uma solução ética e inofensiva.

Ao longo do tempo, você poderá perceber que conseguiu poupar, investir e ainda pagou as contas necessárias, tudo isso com o dinheiro que parecia impossível fazer tantas coisas assim.

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