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Saiba o porquê e como montar uma carteira de investimentos diversificada

Saiba o porquê e como montar uma carteira de investimentos diversificada

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Saiba o porquê e como montar uma carteira de investimentos diversificada

7/4/2019

Se você foi criança ou adolescente nos anos 80 e 90, com certeza já teve um cofre de porquinho ou, pelo menos, conhece alguém que tinha um. Seja fazendo jus ao formato do animal ou se apresentando como uma caixinha metálica com cadeado e desenhos fofos de origem chinesa, era fácil comprar um nas famosas lojas de R$ 1,99. Quem nasceu nessa época é filho da geração baby boomer ou fortemente influenciado pelo comportamento desta.

Por definição, nos Estados Unidos, os ‘baby boomers’ são indivíduos que nasceram após a Segunda Guerra Mundial, visto que a taxa de natalidade americana nessa época subiu a níveis altíssimos. No Brasil, os exemplares dessa turma nasceram entre 1945 e 1964 e passaram pela Ditadura Militar. A situação ideal da época, quando se fala de mercado de trabalho, era entrar em uma empresa, conquistar estabilidade e trabalhar no mesmo local eternamente.

Pelas inúmeras e impactantes mudanças no cenário político e econômico brasileiro no decorrer dos anos, o baby boomer adquiriu um comportamento mais conservador em várias áreas da vida, inclusive a financeira. Entendiam a necessidade de poupar para que não faltasse, já que tiveram experiências anteriores de escassez. Eram fieis a certas marcas (e, se você encontrar uma pessoa dessa época hoje em dia, continua sendo!) e o primeiro contato com a tecnologia de comunicação foi com a televisão.

As relações sociais e a forma de entender a vida impactaram a criação dos filhos da geração seguinte, a X. Esses jovens puderam acompanhar a revolução digital desde o início, nos seus primeiros passos. Sua relação com o dinheiro foi influenciada pelos pais e é daí que vem um dos primeiros ensinamentos de educação financeira da época: "quem não poupa nada, não tem nada". Do porquinho à conta no banco, a poupança passou a ser a opção obrigatória da época - hábito arraigado, em muita gente, até hoje.

Porém, o porquinho evoluiu

Com o processo de globalização cada vez mais rápido, a sociedade hiperconectada e as tecnologias da informação crescendo a uma velocidade quase inalcançável, o conhecimento sobre todas as áreas do viver em sociedade ficou mais democrático. Agora, todo mundo, com uma conexão com a internet e um pouco de vontade, pode aprender sobre qualquer coisa. Educação financeira é uma delas.

Na época da geração de conteúdo autoral e do aprendizado on-line, pessoas de todas as idades estão buscando dados qualificados sobre o que fazer com seu dinheiro. O cofrinho, seja ele analógico ou digital, já não parece a melhor opção. Desde quando a criança adquire um pouco de noção sobre o valor monetário, os pais já iniciam a jornada em ajudar aquele pequeno ser a entender as escolhas mais assertivas para ter uma vida segura e próspera até a velhice.

A cada dia que passa, a poupança fica fora das opções para o investidor novato.

A razão disso é que não adianta apenas guardar economias, elas precisam render. A poupança é o primeiro passo, mas, ao buscar mais informações sobre o assunto, percebe-se que o leque de opções é gigantesco e que é possível, sim, escolher melhor para onde vai o seu dinheiro. Com o tempo, o investidor entende melhor sobre riscos, produtos e suas características, por conseguinte, também há maior clareza ao enxergar a carteira como um todo, montando-a de forma que os rendimentos sejam perfeitos para a sua necessidade e o seu perfil, seja conservador, moderado ou agressivo.

O velho ditado se aplica nesse caso: não coloque todas as suas maçãs em um único cesto. Diversificar a carteira é a melhor opção para reduzir os riscos relacionados ao ato de investir.

É claro que existem opções seguras, como a Previdência Privada, que garantem segurança a longo prazo para todos os tipos de investidor - além disso, ainda possibilita a maximização dos ganhos fiscais. O INSS, por sua vez, é o benefício que a as pessoas que trabalham como celetistas já têm e que acaba sendo uma forma de poupar compulsoriamente. No entanto, a busca por outras alternativas, quando você já está fazendo o dever de casa (investindo em previdência complementar, maximizando seu ganho fiscal, e INSS) é interessante para compor uma carteira diversificada e sólida, na medida do possível.

Por onde começar? Montamos um passo a passo para que você entenda o que fazer e comece a diversificar seus investimentos. Acompanhe:

1) Quite todas as suas dívidas

O primeiro passo é eliminar toda e qualquer dívida que você tenha pendente. Comece listando todas, separando entre as maiores, com taxas de juros mais pesadas, das mais simples, como empréstimos pessoais. Inicie o processo quitando as que podem trazer maiores prejuízos e negocie as demais. Entenda que todo mundo quer receber o pagamento, então uma negociação vale sempre a pena. Com o nome e a consciência limpos, é o momento de readaptar sua vida financeira.

2) Monte uma reserva de emergência

O ideal, apontado por especialistas, é que a reserva seja equivalente ao necessário para cobrir os seus custos mensais por, pelo menos, 6 meses. É altamente recomendável que esse aporte seja alocado em produtos com baixo risco e alta liquidez, ou seja: que seja possível realizar o resgate a qualquer momento, sem prejuízos.

3) Tenha objetivos financeiros

Para todo e qualquer investimento, especialmente na hora de montar uma carteira de investimentos, é essencial definir os objetivos financeiros, pois eles impactam na escolha das melhores opções. Sejam de curto, médio ou longo prazo, todos precisam estar bem claros na sua cabeça ao escolher cada um dos produtos de acordo com o seu perfil de investidor, sempre relacionado ao prazo de aquisição de cada um. Afinal, não adianta querer comprar uma casa e retirar o dinheiro aplicado após 1 ano.

4) Defina a quantidade do investimento

Uma vez sem dívidas e com a reserva de emergência, a pergunta a ser feita é "quanto quero/posso investir no momento?". O montante a ser investido precisa fazer sentido com a sua realidade financeira. Não adianta colocar grandes quantias agora e se endividar ou deixar de pagar outros serviços importantes para a sua vida. Uma dica é direcionar inicialmente, pelo menos, 10% do rendimento mensal para os investimentos. Com o tempo, essa porcentagem pode subir e, quem sabe, chegar até 50%. Uma vez que o dinheiro começa a trabalhar pra você, as possibilidades são infinitas.

5) Entenda o seu perfil de investidor

Qualquer pessoa pode investir, mas a ação precisa levar muitos itens em consideração, inclusive o seu perfil. Se você tem baixa tolerância ao risco, prefere não perder patrimônio e gosta da sensação de segurança, classifica-se como conservador. Se está tranquilo em correr riscos, desde que sejam controlados, e quer aumentar o patrimônio a longo prazo, é moderado. E se gosta de arriscar, mas com a chance de ter altos lucros e até admite algumas perdas, faz parte do grupo dos agressivos.

6) Escolhendo os produtos para montar a sua carteira

Após já estar investindo na Previdência Privada, que se apresenta como uma opção segura, e tendo anualmente maximizado seu ganho fiscal com aportes extras ao seu Plano, você pode ampliar o repertório da sua carteira. No mercado, outras aplicações, como por exemplo:

- Tesouro Direto: criado pelo Governo Federal, é uma forma simples de negociar títulos públicos. Em linhas gerais, é como se você emprestasse dinheiro ao governo e, no fim do período estipulado, ele te devolve com os juros aplicados;

- CDB: similar ao Tesouro Direto, mas, neste caso, funciona como se o dinheiro emprestado em questão fosse a um banco. Assim como a opção anterior, também é um investimento seguro, pois é assegurado pelo Fundo Garantidor de Créditos - FGC, que garante que você vai receber uma parte ou todo o investimento;

- LCI e LCA: apresentam-se como investimentos de renda fixa, ou seja, é possível conhecer a rentabilidade antes mesmo de decidir investir. Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) são títulos utilizados nesses setores específicos. O FGC também assegura nesses casos;

- Fundo de investimento: essa opção é indicada para quem não tem disponibilidade de acompanhar as operações financeiras, então a atividade fica a cargo de um gestor que coordena o fundo, composto por vários cotistas;

- Ações de empresas: também é possível investir em ações empresariais. Elas se apresentam como uma possibilidade de altos rendimentos, mas em contrapartida também apresentam maiores riscos. A renda, nesse caso, não é fixa. É variável, visto que o mercado é bastante flutuante.

Além desses, existem diversos outros de renda fixa e variável. As possibilidades são inúmeras!

No fim das contas, o que vale é pensar no futuro com os pés no presente, fazendo as melhores escolhas para o seu bolso e o seu estilo de vida. Faça o dinheiro trabalhar para você!

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